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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O velho menino Francisco

Chico é o nome do mais novo cd do Chico Buarque. Na minha opinião, melhor disco, desde Paratodos, de 1993.
Neste, as 10 faixas tem uma característica em comum: é o trabalho mais romântico de Chico desde os LPs da década de 1960. Além do mais, a referência às suas obras anteriores, mostra um artista maduro, consciente de tudo o que produziu e, ao mesmo tempo, pronto para novas incursões.
E para quem costumava dizer que Chico era um bom letrista, mas não um bom músico, esse disco é a expressa comprovação de que o artista é um músico completo: blues, valsa, samba, baião (ou tipo um), são apresentados lindamente, com surpresas melódicas e harmônicas, assim como arranjos esmerados do maestro Luiz Claudio Ramos.
Nos próximos dias, vou comentar aqui as 10 faixas, começando por Tipo um baião.
Nesta canção, Chico brinca com a linguagem moderna coloquial, traz dois ritmos diferentes e misturados, resgata um prato tocado em um tempo contratempo e faz uma homenagem ao rei do baião, Luis Gonzaga.
Um resgate: o coro feminino, presente nos primeiros discos. Excelente.
Vejam o clipe:




3 comentários:

A FÊNIX disse...

É impressionante, a medida que envelhece, assim como vinho, esse fica ainda melhor.
Manda mais! Adorei
rsrsrsrsrsrs
Bjs

Marcelo Câmara disse...

Clara, sou historiador da Música Brasileira. Em suas pesquisas, você já teve acesso a um número de outubro de 1960 da revista Radiolândia que trouxe uma matéria intitulada "Newton Mendonça - O parceiro desconhecido de Tom Jobim"? Aguardando, agradece, o Marcelo Câmara (ilhaverde@ilhaverde.net - www.ilhaverde.net)

Maria Clara Wasserman disse...

Olá, Marcelo. Eu conheço o seu livro sobre Newton Mendonça. Olha, eu já li essa reportagem sim. Não tenho a revista, mas vou me certificar os dados exatos para você, ok? Entrarei em contato.
Um abraço