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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Chico Buarque

"O velho cantor subindo aos palcos, apenas abre a voz e o tempo canta"


Em algumas de suas canções, a relação com o tempo está imersa em preocupações com a passagem deste amigo/inimigo que traz sabedoria e também maltrata o corpo e a alma.
A passagem da idade e a morte estão presentes em canções como O Velho, O Velho Francisco e Tempo e Artista. Nesta última, personifica em seu próprio canto a imagem do cansaço da vida, da emoção e da plenitude atingida com sua arte.
Chorei quando a ouvi pela primeira vez. Parecia uma despedida de alguém com consciência do seu legado.

Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela

Modelando o artista ao seu feitio
O tempo, com seu lápis impreciso
Põe-lhe rugas ao redor da boca
Como contrapesos de um sorriso

Já vestindo a pele do artista
O tempo arrebata-lhe a garganta
O velho cantor subindo ao palco
Apenas abre a voz, e o tempo canta

Dança o tempo sem cessar, montando
O dorso do exausto bailarino
Trêmulo, o ator recita um drama
Que ainda está por ser escrito

No anfiteatro, sob o céu de estrelas
Um concerto eu imagino
Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cursos para professores

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História e Literatura: mediações de leitura e estudo do meio.

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