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domingo, 14 de março de 2010

Entrevista ao Jornal da Pampulha - 12 de fevereiro de 2010 - Noel e Adoniran - 100 anos


Aos "cem anos", Adoniran dá "frechada" até no Twitter

O olhar de cronista para a realidade paulistana, a fala propositalmente errada, o chapéu, o terno e a gravata borboleta. A figura criada por João Rubinato, nome verdadeiro de Adoniran Barbosa, também chega aos cem anos em 2010.

Responsável por dar forma ao que se chama hoje de "samba paulista", Adoniran tem seu centenário lembrado em shows que vêm ocorrendo em São Paulo desde o início do ano, mas está fora dos enredos das escolas paulistas.

"Apesar de ser um compositor profícuo, o peso do reconhecimento de Adoniran ainda não é o mesmo de Noel, por exemplo", afirma a historiadora Maria Clara Wasserman, especialista em história da música popular.

De acordo com ela, essa diferença é fruto de circunstâncias históricas. "Nos anos 1950 houve um movimento liderado por intelectuais para resgatar o que eles chamavam de verdadeiro samba. É nesse momento que eles vão dar esse título de gênio ao Noel. O nome do Adoniran não sofreu esse resgate", explica.

Mas esse fato não enfraquece as homenagens ao sambista. O compositor Dudu Nicácio, do projeto Dois do Samba, compôs em parceria com o diretor de teatro Fernando Limoeiro sambas inspirados no universo poético de Adoniran, batizados de "adoniranas" e ainda inéditos. "Devo lançar o disco mais para frente, mas, em função do centenário, devo fazer um show com esse repertório", adianta.

A manutenção da memória do compositor se estende à internet, no burburinho virtual do Twitter - rede de troca de mensagens. Dois perfis que levam o nome do sambista (@adoniranvive e @adoniranoficial) enviam diariamente mensagens como se fossem Adoniran. O jornalista Daniel Barbosa, 29, morador da capital paulista, é o nome por trás do segundo perfil.

Fã declarado de Adoniran, ele criou o perfil para divulgar a obra do ídolo e encara com respeito a tarefa de assumir a voz do sambista na internet. "Brinco um pouco com a linguagem, que era uma das características do Adoniran, mas procuro não exagerar; corro o risco de descaracterizá-lo. Afinal, ninguém tem a aura humorística do ‘pitoresco’ Adoniran". Segundo o jornalista, Adoniran está mais vivo do que nunca num dos sites de maior sucesso no momento. "Todos os dias alguém fala algo sobre ele ou sobre uma música dele no Twitter", afirma. (PB)

Cinema cinema cinema

Eu vi os filmes. Caché, juntamente com A Fita Branca e A professora de piano, fazem uma espécie de Trilogia da Maldade. Os filmes são muito fortes, com finais abruptos e completamente inesperados. Dos três, prefiro A Fita Branca, acho mais resolvido em termo de roteiro e direção. Imperdível.
A Escolha de Sofia foi mais triste do que eu esperava. Achei a adaptação excelente e a interpretação da Meryl Streep, como sempre, maravilhosa. O filme incomoda o tempo todo e é cheio das perversidades e dos desvios humanos. Fim de semana triste esse.


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Como é que a pessoa se torna cinéfila? Gosto de cinema, mas não sou, não entendo o suficiente de enquadramentos e roteiros e também não vi todos os grandes clássicos.
Minha missão: ver tudo.
Ontem, na locadora, peguei Caché, o Sorriso de Monalisa e A Escolha de Sofia. Apesar de Amar a Meryl Streep, ainda não vi esse. Pretendo aqui comentar tudo da melhor maneira possível.