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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ainda, as mídias sociais

Voltando ao tema mídias sociais, não vou aqui filosofar sobre artistas, temas ou de como os sites de relacionamento são ferramentas culturais, comerciais, financeiras etc.
Deixo aqui a dica:

Começou nesta segunda-feira (12) a transmissão de uma peça improvisada do clássico Romeu e Julieta pelo Twitter. A encenação é feita por seis atores do Royal Shakespeare Company, da Grã-Bretanha. Por meio de seus perfis na rede social, eles contam seu dia-a-dia como se fossem os próprios personagens do título de William Shakespeare. Na página de Julieta, por exemplo, referida como @julietcap16, os seguidores a acompanharão se preparando para ir à escola ou na organização de uma festa.


domingo, 25 de abril de 2010

Música, Cinema, História, Literatura e banalidades.: João Gilberto

Dois ótimo artigos:
Música, Cinema, História, Literatura e banalidades.: João Gilberto

os artistas e as mídias sociais


Definitivamente, hoje, se é verdade que João Gilberto está no facebook, conforme noticiou o Globo (25/04), então, hoje é dia de mudança de paradigma.
As mídias sociais servem para que? Compartilhar informações sobre vida profissional e pessoal? Troca de opiniões, gostos e experiências? Conectar amigos há muito distantes?
João Gilberto, o artista recluso, o homem que mal anuncia os seus shows, está no facebook. Há tempos, eu soube que ele se interessou pelo orkut quando viu uma comunidade dedicada a ele e que acabou se tranformando num ótimo banco de dados musical. Depois eu soube que ele queria ter computador e se conectar. Depois, não soube mais nada. Hoje eu soube do facebook. Tem coisas que batem, tem coisas que não. Se for verdade, alguém está fazendo para ele. Se nao for, é alguém que também o conhece intimamente. Há informações pessoais lá.
Quem diria, o nosso artista mais recluso, o nosso gênio mundial, a um click de distância. João, fique conosco e compartilhe sua musicalidade.
Viva João, viva a música brasileira.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chico e o tempo de Chico

“Hoje preciso refletir um pouco”: ser social e tempo histórico na obra de Chico Buarque de Hollanda 1971/1978

Este artigo analisa a relação entre o ser social e o tempo histórico em cinco canções compostas por Chico Buarque de Hollanda durante os anos 70, em plena vigência do regime militar no Brasil. Nossa perspectiva é a de que a obra deste compositor revela uma singular articulação entre aquelas duas categorias, expressando várias formas de consciência crítica em relação à experiência da opressão e do esvaziamento do espaço público. Procuramos demonstrar, a partir dos exemplos musicais propostos, que Chico Buarque fez da relação tensa entre ser e tempo num contexto autoritário, a base de sua matéria poética e, desta forma, imprimiu um sentido político sui-generis para a sua obra, indo além dos limites da canção de protesto tradicional.

This article analyses the connection between social being and historical experience focusing five songs composed by Chico Buarque de Hollanda in the 1970s, during Brazilian military regime. I argue that the songs of Chico Buarque express many forms of critical conscience about authoritarian experience and the closing of public sphere. In my point of view, Chico’s poetical matter is precisely the tension relationship of being and time and, in that sense, overcame the traditional subjects of the protest songs.

(Marcos Napolitano, 2008)

Leia o artigo completo



Cidade Submersa

Com a tragédia marcada pelas chuvas do Rio, nada mais me resta a dizer. De qualquer forma, o Chico já disse tudo. Veja o lindo clip também que mostra o Rio de Janeiro. Em tempo: como alguém pode colocar a palavra ESCAFANDRISTA numa letra de música e dar métrica, melodia, ficar perfeito?
Assista o vídeo


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

(Futuros Amantes)